Fui ao caixa eletrônico, também chamado de caixa rápida. Bem, não sei o motivo do apelido. Na fila tinham duas pessoas na minha frente. Sabem, eu tenho o hobby de cronometrar o tempo de uso do caixa pelos outros. É uma divertida forma de se distrair enquanto se desperdiça seu precioso tempo.
A primeira senhora se dirigiu ao caixa. Olho no relógio, respiro fundo e dou a largada. Do momento em que a senhora passou o cartão até o instante em que resolveu sair mesmo sem conseguir efetuar a operação, passaram-se singelos 7 minutos. Muito bom. O segundo se adianta, um homem baixo e atarracado, de bermuda e chinelos. Tem tudo para ser o campeão. Passa o cartão, se debruça sobre o teclado para proteger a senha (só faltou olhar para os lados), digita, digita, digita. Afasta-se um pouco, o tempo correndo, até que expira o tempo limite da operação. OK, temos bastante tempo, não temos mais nada o que fazer mesmo. Passa o cartão de novo, repete a operação. Dessa vez vai. Não foi. Mas agora já está mais experiente, se enche de confiança. E eu, um olho no relógio, o outro no caixa. Passa o cartão, deve estar nervoso, dessa vez nem se preocupa em cobrir a tela. Ah, se eu fosse um assaltante! Mas não sou, tenho apenas esse esporte: cronometrar. Ih, dessa vez deu certo! Aguarde a contagem do dinheiro. Não tenha pressa, a máquina já contou, mas faça questão de recontar você mesmo, aí na frente do caixa. Se estiver errado vai fazer o quê, reclamar com a máquina? Que bom, está certo. Saiu com apenas 15 minutos e alguns segundos. Deve ser recorde mundial.
Apesar da minha diversão, fiquei preocupado com aqueles estressados apressadinhos, que levam menos de 1 minuto para sacar seu dinheiro e sair correndo para o próximo compromisso ou para um infarto, o que vier primeiro. E pensei em uma solução ideal. Os bancos poderiam criar dois caixas diferentes, que ficariam sempre uma ao lado da outra. Uma seria a caixa rápida como a conhecemos. A outra seria a “caixa especial”. Essa teria mais recursos, como tutorial de ajuda, perguntas mais freqüentes, desenhos e gráficos explicativos. Teríamos então para os apressadinhos a fila do caixa rápido, se é que iria chegar a formar fila. E, ao lado, a fila dos especiais para os idosos, seqüelados e oligofrênicos em geral.
Vou tentar vender minha idéia para os bancos. Nem venham achar a idéia preconceituosa, pelo contrário; trata-se de dar um atendimento preferencial àqueles que têm dificuldades cognitivas e lentificação do pensamento. E, como tenho observado, os oligofrênicos estão longe de ser uma minoria hoje em dia. Pelo contrário, atualmente se vêem muitos deles com altos cargos no governo.
Mas enquanto a minha idéia não se concretiza, vou comprar um cronômetro de verdade.
3 comentários:
Eu odeio caixa rápida. E olha que tenho facilidade em lidar com equipamento do tipo.
Primeiro-é bom que se saiba que os cxs rápidos usados no Brasil são sucatas recondicionadas, já utilizadas em outros países princ. EUA.
Segundo- Elas falham muito, princ na leitura dos cartões. Me revolta quando velhinhos não conseguem lidar com o equip. e a linda mocinha do banco começa a tratar o idoso como criança, viu? passe mais devagar! viu como deu certo? Que bom né...
Recentemente minha conta foi invadida, foi usada como ponte num golpe onde limparam as contas de outros clientes transferindo para minha conta e depois limpando minha conta.
Corri ao banco apavorado e acabei muito surpreso com a atitude dos funcionários, me disseram que não era necessário falar com o gerente e que bastava assinar a "carta padrão" que já estava disponível em quantidade com a moça do balcão mesmo. Em suma, agiram como se fosse a coisa mais normal do mundo, ontem depois de tres dias me ligaram e disseram que está tudo "certinho".
Não perguntaram como onde e porque, e apagaram da conta qualquer rasto do ocorrido
Eu adoro bancos!
ahahahahahaha Muito boa a tua idéia! Eu tenho pavor de bancos e caixas rápidos...Que na verdade não são rápidos!
beijos
Engraçado... Detesto dinheiro. Pago tudo com cartão, mesmo pão na padaria. Raramente tenho dinheiro comigo. E morro de nojo daquelas telas sujíssimas dos caixas-automáticos. Ihhhh.... sou maníaca! (mas ainda acho que dinheiro bom é dinheiro que a gente não vê)
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