4/29/2008

Envelheço na Cidade

Esse é um dia de reflexão e introspecção para mim. Todos os dias são iguais, mas hoje parece mais fácil notar o tempo correndo inexoravelmente, como a areia que escorre entre os dedos. Quase posso ouvir o tique-taque do relógio biológico, contando cada hora dolorosa, e me lembrando que ultima necat.
Sempre imaginei a vida como um carro desgovernado, descendo uma longa rampa, cada vez mais acelerado, em direção ao inevitável desastre no fim do caminho. E eu continuo como reles expectador dos anos que passam, um a um, sem sentido, sem respostas, sem motivos.
E hoje já passaram por mim 32 desses, para nunca mais voltar...

3 comentários:

Letícia Losekann Coelho disse...

Era teu aniversário????? Gostei demais da reflexão!! Parabéns atrasado, a vida é assim mesmo! Mas... quebre o relógio e rasgue o calendário... Ilusão ótima!!
beijos

Denis Barbosa Cacique disse...

Se tivesse vindo antes, te dava os parabéns.
Mas vc não parece muito contente com o aniversário. A vida é mesmo uma coisinha sem graça!

Anônimo disse...

Eu sempre imaginei a vida a partir de um navio, de onde te jogam pra nadar. Vai todo mundo na mesma direção, mas eu quero ir pra outro (lógico!), tenho que enfrentar correntes, às vezes canso e largo mão, aí retomo as braçadas e assim vai.

Se quiser, pode me acompanhar - eu vou pro lado de lá. Quero ver como é, porque do outro lado todo mundo sabe e conhece.